terça-feira, 22 de novembro de 2011

Afinal, o estresse realmente engorda?

O ambiente obesogênico em que vivemos hoje (exposição a diversas toxinas, estresse psicológico, sedentarismo, tabagismo, aumento do consumo de alimentos processados, etc.) desequilibra nosso organismo, podendo levar a doenças e ao impacto em diversas funções fisiológicas, como a reprodução, o crescimento e na capacidade de reagir à presença de bactérias, vírus e outros patogênicos. O estresse crônico pode afetar, inclusive, o desenvolvimento da personalidade e do comportamento do indivíduo.
O estresse no corpo humano, seja ele físico ou emocional, aumenta a estocagem de gordura devido a um mecanismo de defesa que ajuda o homem a “sobreviver” mesmo em condições adversas, como aumento da liberação do hormônio do estresse, chamado de CORTISOL. Quimicamente, essa fase envolve a produção de vários hormônios, levando a uma reação em cadeia na qual algumas células e hormônios ligados ao cérebro (envolvendo o Hipotálamo, Hipófise e Supra Renal) informam aos receptores das células de gordura a aceitarem maior quantidade de gordura, aumentando o seu estoque adiposo. E muito mais do que um simples (e incômodo!) estoque de gordura, o tecido adiposo é considerado um órgão secretório ativo, que formam substancias que respondem a sinais que modulam o apetite, o gasto energético, a sensibilidade à insulina, o sistema endócrino, o sistema reprodutor, o metabolismo ósseo e a imunidade. Sim: PRODUZ substâncias inflamatórias, piorando todo o quadro, um ciclo vicioso, mais inflamação, mais gordura, mais gordura, mais inflamação….
Trabalhos mostram relação entre o estresse emocional agudo e acúmulo de gordura abdominal e aumento dos níveis de cortisol. O hipercortisolismo diminui a termogênese corporal, prejudicando a queima de gorduras, pode causar hiperglicemia, leva à quebra de proteínas (como músculo, ossos e pele) contribuindo para a fisiopatologia da síndrome metabólica por elevar também os depósitos de gordura no fígado. Vale ressaltar que a privação do sono pode também elevar os níveis de cortisol sanguíneo, sendo causa ou efeito do estresse crônico.
Por isso, o estresse não somente engorda como também prejudica o ganho de massa muscular e saúde do fígado!
É importante lembrar que as dietas da moda e crenças errôneas sem embasamento científico podem NÃO SOMENTE causar danos à sua saúde, como PIORAR OS SINTOMAS DO ESTRESSE devido à desvitalização das células e aumento da ansiedade.
Descubra técnicas de relaxamento, limite consumo de álcool (altas doses podem elevar níveis de cortisol e também prejudicar sono), mantenha a qualidade de seu sono, hidrate-se adequadamente e lance mão de alimentos funcionais dentro de sua dieta!
Procure sempre um Nutricionista para obter um programa de emagrecimento duradouro e consciente, de acordo com suas características individuais.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Beber líquidos durante as refeições é prejudicial?

Siiiiiiiiiiiiiiiiimm, prejudica e muito!!!

Vamos entender:
Quando bebemos muitos líquidos durante as refeições prejudica a digestão, pois dilui o suco gástrico. Essa diluição faz com que o pH aumente aí o corpo tem que  trabalhar mais para produzir maaais ácido para baixar o pH e ativar o pepsinogênio para completar a digestão. A conseqüência disso é a indigestão que resulta numa indisposição/cansaço.
O líquido dilui o suco gástrico do estômago, suco esse formado por ácido clorídrico, enzima digestiva – pepsinogênio/pepsina, muco gástrico e fator intrínseco.
O ácido clorídrico tem a função de reduzir o pH do estômago para deixá-lo ácido permitindo que a enzima digestiva seja convertida de pepsinogênio (desativada) para pepsina (ativada). O muco serve para proteger o estômago da ação do ácido e da pepsina, e o fator intrínseco serve para formar um complexo com a vitamina B12 para que essa possa ser absorvida.
Além disso, o alto volume de líquido dilata o estômago. Um dos sinais para o cérebro entender que está saciado é o tamanho desse órgão. Se você costuma dilatar muito ele o cérebro entende que fica saciado somente quando o estômago chega naquele alto volume.

No almoço e no jantar tudo bem, o volume de comida é alto, porém as outras refeições o volume é menor fazendo com que a pessoa sinta fome o dia inteiro e conseqüentemente come mais.
O excesso de líquido no estômago dificulta a digestão podendo levar a uma gastrite!
NOTA: a saliva tem secreção levemente alcalina que junto com água e sais de glicoproteínas (mucina) são LUBRIFICANTES e ainda possuem ação de anticorpos. Além disso, possui enzimas digestivas para a digestão de carboidratos – por isso o açúcar derrete na boca.
Outra enzima presente na saliva é a lisozima que quebra a mureína - parte das paredes das bactérias.
A água ou o suco não contêm essas substâncias, por isso não substitui a salivação que é ativada pela MASTIGAÇÃO!

Um dos fatores que influenciam a pessoa a tomar muito líquido durante a refeição é o ato de NÃO mastigar, assim a pessoa toma líquido para EMPURRAR a comida. 

Pessoal, o estômago NÃO têm dentes! Imagina uma bexiga tendo que quebrar as fibras da carne somente fazendo movimentos de contração? Não dá né!!
Por isso é importantíssimo mastigar bem, pois além de produzir saliva que facilita o transporte dos alimentos da boca para o estomago, facilita o trabalho de digestão em todo o resto do tubo digestório.
Também não adianta tomar o líquido logo antes ou logo após as refeições, o  intervalo entre o consumo de líquido e a refeição deve ser: Antes +/- 30minutos, Após +/- 60 minutos! 

Bom, sempre é tempo de corrigir nossos maus hábitos e prevenir doenças.. Cuidar da sua saúde hoje é o melhor plano de saúde que existe, não espere ficar doente para cuidar de você!!