quinta-feira, 21 de junho de 2012

CARBOIDRATOS X GORDURAS NA DEFINIÇÃO MUSCULAR

A gordura não ferra tanto o físico quanto os carboidratos... Lógico que gorduras boas tais como: Óleo de coco, oleaginosas, ômega 3,6,9 entre outras, e sempre levamos em conta também a individualidade biológica de cada um, pois para algumas pessoas, as que possuem um metabolismo muito acelerado por exemplo, a ingestão elevada de carboidratos por meio de boas fontes é fundamental. Eu sempre gosto de testar comigo algumas das inúmeras coisas das quais aprendo, mas não se trata apenas de substituir um por outro, é necessário também um equilíbrio na distribuição de todas as refeições feitas no dia e não somente em uma ou outra isoladamente, surgiu à idéia de, ao invés de utilizar o decrépito CARBO como fonte energética, utilizarmos a GORDURA.

 
Como assim? Gordura? Ta louco!?

Calma lá! Vou tentar simplificar pra vocês como rolou a tal idéia...

A idéia de utilizarmos uma fonte de gordura, no caso o Óleo de coco, no shake pós-treino é simples: Repor a energia depletada durante a sessão de treinamento e evitar o pico de insulina provocado pela utilização de carboidratos de alto I.G, que inibem a liberação de hormônios como o GH e IGF’s, levando em consideração que o GH é um hormônio contra-regulatório da insulina, sempre quando um estiver em alta, o outro estará em baixa.
Por ser de fácil absorção, a gordura de coco é a melhor fonte de TRIGLICERIDEOS DE CADEIA MÉDIA, não necessita de enzimas para sua digestão e metabolismo. No fígado, estes triglicerídeos rapidamente se transformam em energia, desta maneira não se depositam no organismo. Por isso ela é considerada “termogênica”, ou seja, capaz de gerar calor e queimar calorias. Esta propriedade, aliada a capacidade que a gordura de coco tem de estimular a glândula tireóide, aumenta o metabolismo basal, auxiliando na redução da gordura corporal.

Ah... Por isso que eu não ‘seco’! Já sei! Vou fazer como você! Retirar o carbo e usar só gordura!

Não faça uma ‘burrada’ dessas! Se você fizer isso, de reduzir drasticamente o carbo e aumentar a gordura, dependendo de como esteja teu programa alimentar, você poderá estar trocando ‘6 por meia dúzia’, já que aumentar ou diminuir algum nutriente sem orientação correta, trará efeitos indesejados, seja para mais, ou, para menos!

Por exemplo:
Uma dieta hipocalórica irá prejudicar seus ganhos já que basicamente 1 kg de massa muscular consome diariamente em torno de 70 – 150 kcal. Ou seja, quanto mais massa muscular você tiver, maior será seu gasto energético, sendo assim, se sua dieta for hipocalórica, o organismo buscará energia no próprio organismo para se manter ativo (mantendo teus órgãos vitais funcionando, reconstruindo músculos, cabelos, unhas, tecidos, etc...). De outra forma, se você estiver com uma dieta HIPERCALÓRICA, você irá acumular aquelas ‘gordurinhas’ indesejadas, como citei acima, qualquer alimento tende a ser convertido em energia, essa que quando não metabolizada, se estoca em suas células adiposas! Lembre-se que ‘MÚSCULOS CONSOMEM GORDURA, GORDURAS ACUMULAM GORDURA!’ 

Ah... Então vou ficar com a opção que a menina super sarada da minha academia me passou: Pra secar é só zerar o carbo e aumentar a proteína!

Holy shit! Devagar ai! Aumentar a proteína sem saber se você tem demanda para isso, pode resultar em um efeito indesejado, já que, proteína em excesso também pode tornar sua dieta HIPERCALÓRICA, e vale lembrar que a sua ingestão em demasia estimula a liberação de um hormônio chamado prolactina. Você ou essa menina ai, por acaso sabem o que é Prolactina?
Prolactina - é um hormônio secretado pela adenoipófise que estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias e o aumento das mamas. O aumento de produção da prolactina provoca a hiperprolactinemia, causando nas mulheres alteração menstrual e infertilidade. No homem, gera impotência sexual por prejudicar a produção de testosterona e também o aumento das mamas (ginecomastia).
A causa mais comum de hiperprolactinemia (aumento do nível sérico da prolactina fora da gravidez) é uso de medicamentos, em especial os anticoncepcionais orais combinados e as drogas antipsicóticas do grupo dos antagonistas da dopamina (principal neurotransmissor envolvido na inibição da secreção de prolactina). Adenomas secretores da hipófise, lesão da haste hipotalâmica (as quais impedem a inibição pela dopamina) e hipotireoidismo também são causas da síndrome. Ainda, a hiperprolactinemia faz parte da síndrome dos ovários policísticos.

Nossa... Esse negócio de treino e dieta é difícil demais...

Mas o que na nossa vida, que seja realmente valioso é fácil? Não a uma receita de bolo para se construir um corpo perfeito, ou apenas melhorar o bem-estar no dia a dia, todo indivíduo é único, cada qual possui suas particularidades, e não há como saber o tipo de treinamento ou de dieta que melhor se adapta ao mesmo, a não ser, fazendo uma avaliação física e nutricional. Portanto não existe uma fórmula mágica para se atingir uma meta dentro de uma academia, seja ela qual for, na realização de um objetivo, só um bom aconselhamento profissional se fará realmente eficaz, mas algo que com certeza seria muito eficiente e indicado a todos para se ter qualidade de vida ou um belo físico, seria bom senso, disciplina, e principalmente paciência.
Isso sim é mágico!

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